Educação não é barata, mas é o melhor investimento, diz Haddad.
Rio de Janeiro — “A universidade brasileira é
líder inconteste entre as universidades latino-americanas”, assegurou o
ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, 10, no Rio
de Janeiro, durante o seminário Pensando o Desenvolvimento do Brasil,
que se realiza na Fundação Getúlio Vargas. “Somos o 13º país do mundo em
produção científica; estamos resgatando atraso de um século, quando a
classe dominante do Brasil perdeu várias oportunidades de criar uma
escola pública republicana de qualidade”, afirmou.
Ao fazer um
balanço de sua gestão no MEC, Haddad admitiu dificuldades na
implementação da reforma educacional que se pretende para o país. “O
ensino médio é um nó a desatar; temos aí um grande caminho pela frente”,
admitiu. “Na educação infantil, só agora estamos conseguindo aplicar
programas de avaliação na pré-escola.”
Sobre o ensino
fundamental, o ministro lembrou que o Brasil é o país que mais
incrementou o investimento por aluno na década. “E nós conseguimos
colher esse resultado”, disse. “Educação não custa barato, demanda
tempo, mas é o melhor investimento que se pode fazer.”
Haddad
voltou a falar sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e lembrou
problemas ocorridos com exames semelhantes em outros países, como os
Estados Unidos, com o SAT [Scholastic Assessment Test], que teve
problemas com o fuso horário. “Houve problemas também na Índia e na
China; na Inglaterra, houve um recorde de itens cancelados”, destacou.
Evolução —
Também presente no seminário, a secretária de educação do município do
Rio de Janeiro, Cláudia Costin, disse sentir-se orgulhosa ao confrontar
os números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de
2009 e comparar o desempenho do Brasil em relação a anos anteriores.
“Somos o terceiro país que mais avançou”, salientou. “Não estamos no
melhor dos mundos, mas já evoluímos; e muito.”
Cláudia Costin disse ainda que os indicadores de avaliação do Ministério da Educação permitiram aos gestores do ensino no país derrubar o mito de que as melhores escolas públicas são aquelas frequentadas pela classe média. “Ninguém será suficientemente grato ao MEC pela introdução da Prova Brasil e do Ideb [índice de desenvolvimento da educação básica]”, afirmou. A Prova Brasil avalia o desempenho dos estudantes em língua portuguesa, principalmente leitura, e matemática, com destaque para a resolução de problemas. São aferidos os conhecimentos de estudantes matriculados no quinto e no nono anos do ensino fundamental.
Cláudia Costin disse ainda que os indicadores de avaliação do Ministério da Educação permitiram aos gestores do ensino no país derrubar o mito de que as melhores escolas públicas são aquelas frequentadas pela classe média. “Ninguém será suficientemente grato ao MEC pela introdução da Prova Brasil e do Ideb [índice de desenvolvimento da educação básica]”, afirmou. A Prova Brasil avalia o desempenho dos estudantes em língua portuguesa, principalmente leitura, e matemática, com destaque para a resolução de problemas. São aferidos os conhecimentos de estudantes matriculados no quinto e no nono anos do ensino fundamental.
Com
relação ao Enem, a secretária, assim como o ministro Haddad, reiterou
que problemas operacionais ocorrem em todos os exames públicos que se
realizam no mundo. “Aconteceu no SAT dos Estados Unidos e até no Saresp
[Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo]”,
lembrou. “Não é fácil colocar cinco milhões de estudantes para fazer
provas em um mesmo dia, em todo o território nacional, e tudo sair
perfeito.”
De acordo com a secretária, ao colocar o exame
nacional como forma de acesso ao ensino superior, o MEC golpeou o exame
vestibular e passou a sinalizar com segurança para o ensino médio. “De
forma a evitar a educação enciclopédica como se verificou até agora”,
afirmou.
FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17121
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